Polémica sobre a datação do Sandokan

Num comentário ao post "Sandokan", o Júlio refere-se à colecção de cromos como pertencendo a um imaginário posterior à época sonameliana. Pretendo introduzir aqui alguns dados que possam contribuir para uma rigorosa datação dessa valiosa peça arqueológica.
Entre outras pistas, encontrei na web uma referência a 1976 e uma lista de colecções onde consta a colecção de cromos "RTP: Sandokan, [#1 (1976) => #1 (1976)]" bem como a de diapositivos "Album Mundovisor Sandokan Transparências 1ª série; Disvenda: Sandokan, [#1 (1977) => #1 (1977)]" que, como se devem recordar, surgiu posteriormente. Repare-se que na mesma lista constam também "Disvenda: Corsário Negro, [#1 (1976?) => #1 (1976?)]" que, embora aqui a datação não seja rigorosa, todos nos lembramos de ser posterior ao Sandokan; e "APR: Espaço 1999, [#1 (1977) => #1 (1977)]" também posterior.
No entanto, não querendo assumir os conteudos da internet como referências científicas (todos sabemos como é fácil manipulá-los sem qualquer rigor), devo apelar às nossas frescas memórias e até a alguma documentação que certamente ainda conservamos:
1. A minha pasta do 1º ano do ciclo tinha um Sandokan estampado. foi comprada em 1977 antes do início do ano lectivo.
2. Numa das primeiras aulas de Inglês do 1º ano do ciclo (com a professora Ana Maria Lucas e cujo sumário deve ter sido algo do tipo: "What's your name?") fomos "obrigados" a escolher um nome inglês que deveríamos escrever numa folha dobrada e colocar em lugar visível em cima das nossas respectivas carteiras. Este nome identificar-nos-ia durante todo o ano lectivo (1977/78).
E agora, o dado científico: o nome mais disputado na nossa turma (1º-7), foi "Alan Carter", o mesmo do virtuoso piloto das naves Águia da base lunar Alfa. Podemos assim concluir que, na nossa triunfante entrada no ciclo preparatório o Espaço 1999 (que, além de posterior à mini-série "Sandokan - o tigre da Malásia" de apenas seis episódios, se viria a prolongar por bastantes tardes de domingo) já fazia parte do nosso imaginário antes do início das aulas.
Assim se prova que o Sandokan é anterior ao nosso ciclo preparatório.
Mesmo assim, na provável hipótese da minha total senilidade, proponho que submetamos as nossas respectivas cadernetas do Sandokan ao teste de carbono.
Se algum dos ilustres colegas possuir dados que contestem a minha tese, por favor publique-os em nome do rigor sonameliano. Obrigado.